domingo, 28 de novembro de 2010

O lugar de onde se vê Roberto Zucco


Teatro é uma palavra grega que significa: o lugar de onde se vê. Partindo dessa primeira afirmação etimológica início essa critica de Roberto Zucco levantando uma questão: O quanto o lugar onde eu escolho pra apresentar a minha peça influencia e interfere nas minhas escolhas estéticas?

O Satyros é bastante lembrando por sua ocupação e revitalização da praça rosoovelt e o coletivo de galochas é um coletivo formado por estudantes de artes Cênicas da USP.

Como esses dois lugares e experiências contaminam a cena?

Na montagem do Satyros a ocupação da sala de espetáculo foi construída de modo que houvesse cenas em vários lugares. Já na montagem da Cia de galochas as cenas saem do teatro e ocupa a praça do relógio em ambas as montagens têm uma coisa de trajetória que o público percorre. No Satyros o publico sentado numa arquibancada que é empurrada por atores e no coletivo de galochas você percorre um trajeto. Outro ponto comum nas duas montagens é um trabalho de ator que tá apontado, mas se dispersa no meio do espetáculo.

O coletivo de galocha radicaliza justamente no ponto em que o Satyros é convencional: na contaminação do texto pelo espaço, criando metáforas, símbolos, signos que vão do contemporâneo convencional (uso de vídeo, projeções, varias referencias estáticas na interpretação e de conceitos, nomes, palavras que são confusos e alvo de debates infinitos) E discutindo poeticamente questões que são inadiáveis no fazer teatral de ambos os coletivos fazendo assim com que o fazer teatral seja mais do que discutir sintomas de um momento histórico e passe a ser um dialogo, uma afronta ao momento este momento histórico.

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