Pensamento mítico é uma “verdade” que não obedece à lógica empírica nem científica, portanto é uma verdade "intuitiva" que não necessita de provas, porque está muito mais ligado “magia”, ao desejo e ao querer que as coisas aconteçam de um determinado modo. O mito tranqüiliza o homem dentro do mundo natural e estabelece modelos de atividades humanas. No ocidente o pensamento mítico começou a ser substituído por uma forma de pensar baseada na “razão” ou uma forma de pensar que se estrutura a partir da hipótese, analise , experimentação além da dialética dual que dá sentido para o mundo ( dia X noite, claro X escuro, vidaX morte...)
É difícil "racionalmente" compreender a dimensão dessa forma de pensamento.
Pensando “racionalmente” quanto mais tentamos nos aproximar do mito mais ele nos escapa.
"Prometheus Nostos"E uma encenação que busca se apropriar desse universo mitológico e se transformar no contato com o público. Aliás, essa é uma das qualidades do espetáculo protótipo: O risco. O risco mora em se mostrar ao publico um material teatral que está inacabado e que se transforma na apropriação do material mitológico e no contato com espectador. Risco de mostrar um material frágil e sem potência. A forma que a cia escolheu para este processo foi:
Primeiro: Meia hora antes de o espetáculo começar onde o publico entra no espaço da cena, que ainda não esta pronta para a apresentação, durante 10 minutos os atores contam histórias se pararam para entrar em cena. A segunda forma: durante o espetáculo espaços são delimitados por cortinas, e o público é convidado a mudar de lugar. Talvez para mostrar que uma mesma narrativa pode ser vista de várias formas.Quebrando assim com a idéia de verdade de um acontecimento, sem comprometer a narrativa principal da peça, o mito de prometeu. Nesses espaços da narrativa acontecem uma polifonia de vozes criando um rumor de estórias , uma colcha de retalhos que não tem uma origem, mas sim vem de todos os lugares.
A fragilidade da encenação acontece na impossibilidade de se compreender uma narrativa sem se posicionar, sem que essa narrativa seja uma forma de compreender ou lidar com angustias do nosso tempo. Pq essa é a dimensão da narrativa mítica que conseguimos compreender, pois as outras dimensões escapam ao modo de pensar e se relacionar com o mundo que nos ocidentais criamos ao longo dos séculos. Se olharmos pro mito só como uma narrativa fantástica, ou algo místico a gente sem perceber acaba caindo num terreno de melodramas ou em um universo de valores cristãos como acontece na encenação. Afastando-nos assim da dimensão poderosa e potente de um mito.
Primeiro: Meia hora antes de o espetáculo começar onde o publico entra no espaço da cena, que ainda não esta pronta para a apresentação, durante 10 minutos os atores contam histórias se pararam para entrar em cena. A segunda forma: durante o espetáculo espaços são delimitados por cortinas, e o público é convidado a mudar de lugar. Talvez para mostrar que uma mesma narrativa pode ser vista de várias formas.Quebrando assim com a idéia de verdade de um acontecimento, sem comprometer a narrativa principal da peça, o mito de prometeu. Nesses espaços da narrativa acontecem uma polifonia de vozes criando um rumor de estórias , uma colcha de retalhos que não tem uma origem, mas sim vem de todos os lugares.
A fragilidade da encenação acontece na impossibilidade de se compreender uma narrativa sem se posicionar, sem que essa narrativa seja uma forma de compreender ou lidar com angustias do nosso tempo. Pq essa é a dimensão da narrativa mítica que conseguimos compreender, pois as outras dimensões escapam ao modo de pensar e se relacionar com o mundo que nos ocidentais criamos ao longo dos séculos. Se olharmos pro mito só como uma narrativa fantástica, ou algo místico a gente sem perceber acaba caindo num terreno de melodramas ou em um universo de valores cristãos como acontece na encenação. Afastando-nos assim da dimensão poderosa e potente de um mito.
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