Ver o espetáculo pronto, depois de um ano foi interessante. Interessante como o espetáculo ressoa a experiência de vocês nas intervenções. O clown transformou-se em personagens tipos que habitam transitam em praça publicas: mendigos, migrantes nordestinos, transeuntes. Como as experiências, relatos e depoimentos dessas pessoas interferiram no processo. Sem perder o jogo e o carisma que é natural ao clown. Ao mesmo tempo ver o espetáculo pronto, me fez sentir um pouco carente do que eu vi na praça da luz: Um teatro que se estabelece na interferência: quebrando com a lógica rotineira da praça das pessoas que passam rápido, pastores pregando, casais namorando, piqueniques, guardas sempre atento para manter a ordem. Judeus, pessoas fazendo caminhadas ou correndo. Criando hiatos onde algo poético e potente pode ser construído e desconstruindo. Não que essas coisas não reverberem no espetáculo, pelo contrário! O publico continua se envolvendo, e não desistindo do jogo. Porém agora, isso não é mais espontâneo e arriscado é formalizado.
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